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Recife, Pernambuco, Brazil

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Lágrimas

São lágrimas de pedra
Que caem quando te beijo
São lágrimas em flor
Que me enchem de desejo
São lágrimas dos rios
Que choram quando te vejo

Um amor que nasce
Entre rios e flores
Um amor que cresce
Entre águas e cores
Pode ser um amor que morre
Sufocado por dores
Daquelas pedras que machucam
Que já foram rios e flores

As flores que te dei
Todas já murcharam
Os rios por onde pasei
Todos já secaram

Apenas as pedras vivem
Onde havia tanto amor
Por onde rios correram
Por onde havia flor

Em nosso pequeno apraíso
Você não apareceu
Será que por isso
Nada mais cresceu
Em todo o lugar
Que a gente se deu ?

No meio de tantas pedras
O que irá acontecer?
Será que só em sofrimento
Eu irei viver?
Choro porque preciso
Preciso de você

Das lágrimas em pedra
Surgiu no chão
Das lágrimas de flores
Um pequeno botão
Das lágrimas dos rios
Cresceu em coração
Das pedras surgiu
Uma grande ilusão
De a flor crescer
No meu coração
De a água correr
E acabar com a solidão

Então surge uma luz
Em que você não aparece
Em flores traduz
Que um amor não perece
Nas pedras reluz
Que um amor apenas cresce

Nas pedras que eu estava
Não existe mais dor
Apenas a companhia
De um novo e grande amor
Trazendo com seu brilho
Os rios e flor

Lembrar que um dia
Aqui eu chorei
Em um lugar tão lindo
Que nunca imaginei

Que um amor nascia
Onde pensei que acabou
Que um amor crescia
Entre pedras,de lágrimas em flor.

(Escutando "Como for" de Brava)

2 comentários:

Thays Brayner disse...

Eita.....ta inspirado hem! Lindo demais. Gostei muito.....sentimento puro. Bjs.

Zorba - O Pinto disse...

Mestre, Sóstenes!

Não sabia de vossa verve poética!

Parabéns!

Do seu sempre aluno,

Léo Peixe Santos